A Certeza Que Só o Amor Tem
Não é a dor que quero entender (essa dói e pronto), mas esse mistério de duas almas que não se tocam no físico e têm quase uma unidade na imortalidade.
Mas é isso que quero!
Você me ama?
Você quer construir uma vida comigo?
Tem desejo e sabor?
Eu sinto que você me quer, precisa de mim, mas será que eu estarei ao nível de suas expectativas?
Eu queria uma certeza, quantas vezes vislumbrei o que seria o derradeiro e nem início era.
Quantas vezes esperei contar e só senti se afastarem e eu ficar no chão...
Eu quero a certeza do absoluto.
A afirmação positiva.
Não quero os sonhos dos loucos, nem a vontade dos sem-alma.
Eu quero a certeza da vida.
A afirmação do amor.
Não apenas um amor carnal e dirigido, mas do sentimento verdadeiro que se entranha na alma e que não existam mágoas, que não dissolva.
Quero ter a certeza premonitória que posso mergulhar, que não encontrarei uma pedra.
Quero a certeza da luz que não se machuca nos espinhos, penetra as sombras, não se inibe no mar...
Ou a certeza ou nada!
Duas almas que constroem uma estrada juntos, não sabem como esse trajeto será, mas apenas têm uma certeza quase sobre-humana que têm que construir juntas.
São vidas independentes, mas harmônicas.
São autônomas, mas responsáveis.
Consistentes no que sentem e têm a certeza do que realmente sentem.
Não é um "eu acho", "pode ser", "quem sabe", "vamos tentar", "se der certo"...
É a certeza que só o verdadeiro amor tem.
Que não tem fronteiras, nem modos, um amor que não espreita, não sucumbe, nem apenas existe para satisfazer nossos pequenos egoísmos.
(Carlos Eduardo Bronzoni)
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