Quem não me ama... não me merece.
Na juventude vivemos, segundo a segundo,
Desejando mudar, transformar o mundo,
Inflamados por idéias... é o vigor da mocidade!
Reside aí o fascínio da paixão
Por ideais e sonhos, pelo uso da razão,
Que nos transformam em humanos de verdade.
Também no amor, a pujança juvenil
Torna o homem mais ardente, mais viril,
E todos nós, vibrantes, apaixonados.
Misturamos o amor com amizade,
Entregamo-nos com intensidade,
No tufão dos prazeres embalados.
Mas o ardor poderoso das paixões
Que impulsiona e enlouquece corações
Também pode embotar as consciências,
Nos levando a atitudes de egoísmo
De posse, de poder, sem altruísmo,
Sufocando o ser-amado de exigências.
E se vemos os desejos esfriando
E o ser-amado de nós ir-se afastando,
Nem sempre agimos com ponderação.
Sem diálogo, irados, enciumados,
Nos tornamos animais descontrolados,
Violentos no calor da emoção.
Atitudes impensadas, em verdade,
Não conquistam; e destroem a amizade
Que poderia resultar dessa paixão.
Para que tanta ira sem sentido,
Que fere mais o que já está ferido,
Que resulta só em dor e humilhação?...
E se, enfim, for impossível reatar
Com alguém que teima em nos desprezar,
E que também dos bons momentos se esquece...
Mais vale reacender a auto-estima
Com um lema que sempre nos reanima:
"Se não me ama... é porque não me merece."
Oriza/
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