Razões de amor Gosto de ti desesperadamente: dos teus cabelos de tarde onde mergulho o rosto, dos teus olhos de remanso onde me morro e descanso; dos teus seios de ambrosias, brancos manjares trementes com dois vermelhos morangos para as minhas alegrias; de teu ventre - uma enseada - porto sem cais e sem mar - branca areia à espera da onda que em vaivém vai se espraiar; de teu quadris, instrumento de tantas curvas, convexo, de tuas coxas que lembram as brancas asas do sexo; - do teu corpo só de alvuras - das infinitas ternuras de tuas mãos, que são ninhos de aconchegos e carinhos, mãos angorás, que parecem que só de carícias tecem esses desejos da gente... Gosto de ti desesperadamente; gosto de ti, toda, inteira nua, nua, bela, bela, dos teus cabelos de tarde aos teus pés de Cinderela, (há dois pássaros inquietos em teus pequeninos pés) - gosto de ti, feiticeira, tal como tu és... |
domingo, 5 de setembro de 2010
Razões de amor
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