Antes que a vida me leve embora...

Quando a saudade me toma de assalto
Nem preciso fechar os olhos para me transportar até você
Liberto a minha alma presa e viajo nas asas da imaginação
Leve como uma libélula colorida e bela
Seguindo o rumo do vento vejo-me alcançar o horizonte
Ao encontro do canto de sua voz
Que chama por mim no silêncio
Encontro seus olhos a me olharem
No brilho que a Lua derrama sobre o mar
E seus braços me acolhem o ser
Como o véu da escuridão que envolve a noite
E o orvalho que cai serenando o amanhecer
Num doce abraço de prazer
E essa saudade doída conduz-me até você
Amado amor meu até o fim de meus dias
Mesmo amando-o sem limites continuamos distantes
Sou o torrão de terra seca e você os campos verdejantes
De onde desabrocha um lírio perfumado
Trazendo a tona suaves lembranças
Dos dias frios do outono em que suas mãos
Eram os raios de sol que esquentavam meu rosto
E nos dias tristes e solitários de hoje
Preciso aprender a caminhar sem seus braços
Acalmar a vontade febril de seus beijos
Aplacar a dor da saudade
Do longínquo tempo em que você abriu a porta
Deixando-me adentrar em seu coração
E volto a buscar-lhe nas noites chuvosas de julho
Antes que seja tarde, antes que a vida me leve embora
Antes que saudade me sufoque, aqui estou
Batendo à sua porta e pedindo permissão
Para aos seus pés depositar esse amor
Que é somente seu
(Anna Lúcia)


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