A chave que abre teu coração
Quem me dera entre tantas chaves
Encontrar uma em especial...
Aquela que abre a porta do lugar obscuro e feio
Que trago dentro de mim
Onde são guardados sentimentos negativos
Dores que me fazem perder a razão
Somadas ao longo do meu viver
Desilusões que aniquilam meu ser
E tentam envenenar-me a alma
Que de tão doídas fazem mal ao coração
Desenganos juntados ao longo do caminho
Emendados como pequenas partes de tecido
Aparentemente sem qualquer valor
Porém juntos formam uma colcha de retalhos
Que transmite aconchego e calor...
Porque a junção de pequenas dores
De desesperanças e desamores
Fez de mim a sobrevivente que sou agora
Apenas um pedaço do tecido de outrora...
Ah, mas eu vou encontrar esta chave
Vasculharei todas as gavetas do meu coração
Jogarei fora todo ressentimento
Expulsarei a insegurança que me consome
E me mantêm neste estado de torpor
Que angustia e traz sofrimento
Escancararei as portas do meu eu
Para abrigar os belos sentimentos...
Usarei meu instinto de loba
Para proteger-me de tudo que é ruim
Serei uma nova mulher,
Não estarei mais perdida
Pelo caminho de pedras e espinhos tão meus
Encontrarei uma estrada de flores
Quem sabe esse caminho cruze com o teu
E me sinta por ti protegida?
Ai buscarei outra chave
Aquela que abre o teu coração
Nele fincarei morada, criarei raízes...
Jogarei sobre ti meu cobertor
Colcha costurada com pequenos retalhos
De carinho, esperança, doçura, desejos
A magnitude e a nobreza do amor
(Anna Lúcia)
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